Câncer do Colo do Útero

Câncer Colo do Útero

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos).

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou ou Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica desse exame.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Para o triênio 2020-2022, no Brasil, são esperados 16.590 casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (21,20/100 mil), Nordeste (17,62/100 mil) e Centro-Oeste (15,92/100 mil). Já na Região Sul (17,48/100 mil), ocupa a quarta posição e, na Região Sudeste (12,01/100 mil), a quinta posição

O que pode levar ao câncer colo do útero?

  • Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros.
  • Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados).
  • Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

Como evitar o câncer do colo do útero?

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Vacinação contra o HPV

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.  Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV.

O que é o exame preventivo (o Papanicolau)?

É a coleta de material do colo do útero por meio de uma espátula e uma escovinha.
O material é colocado em uma lâmina de vidro para depois ser examinado em um laboratório.

Quem deve se submeter ao exame preventivo?

Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade
Sempre seguindo as orientações dadas pelo médico.

O exame dói muito?

O exame é rápido e, para a maioria das mulheres, é indolor. Em alguns casos, principalmente quando a mulher está nervosa, pode provocar um incômodo passageiro.

O que fazer após o exame? E se aparecer alguma alteração?

A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é saber o resultado.
O médico poderá solicitar a repetição do exame e, caso necessário, será indicado um tratamento.

Fonte: INCA

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